A Triste História do Casamento Que Nunca Poderei Celebrar…

Clarisse: Esse Era O Nome Dela…

Esse vídeo foi feito num momento totalmente paradoxal: contratado desde fevereiro para realizar esta celebração bilíngue no último dia de agosto, acabei ingressando no “Setembro Amarelo” abordando amor e alegria enquanto, por dentro… estava completamente quebrado.

Sem dúvida, esse foi um dos trabalhos mais difíceis de toda a minha vida e nunca, nunca mesmo, precisei ser tão profissional: com o coração de luto pela morte de uma amiga cujo grande sonho na vida era justamente casar, criar um roteiro romântico e ainda interpretá-lo diante de uma plateia internacional… foi um grande desafio.

Terminei a celebração exausto, com a sensação de ter feito um grande esforço físico e numa ambiguidade emocional sem igual, pois ao mesmo tempo que sentia orgulho de mim mesmo por ter conseguido atuar com perfeição, sentia tamanha tristeza que preferi ficar sentado num banco, do lado de fora de onde estava ocorrendo a festa.

Fiquei reparando nas pessoas: na alegria dos convidados, no esforço dos trabalhadores… e tentando pensar em alguma coisa que pudesse fazer para homenagear a amiga a quem havia prometido celebrar o casamento, quando e onde quer que fosse!
De repente, presto atenção ao trabalho de filmagem e reparo um estabilizador de imagem que me deixou impressionado e, claro, já iniciando o improviso de um roteiro que fosse uma homenagem, mas que tivesse relevância ao contexto da depressão.

CONTEXTO

Antes que se pense alguma besteira, sou cristão e atuo numa linha de fé bastante “fora da caixinha” desde 2005.
Nesse tempo já pude experimentar muitas formas de estudo e convívio, conhecer muita gente boa – e muita gente péssima também. Gente tão sórdida que, por fofoca, acabou com um grupo onde, por conversa virtual e estudos bíblicos nos apoiávamos mutuamente, no Brasil e no mundo, nos desafios e nos problemas.
Clarisse era meio que minha “filha”… eu sempre tentei dar apoio à distância, especialmente porque o mal dela, a depressão, foi algo que consegui superar.

Não pretendo escrever um texto tão longo e vou apenas apresentar mais duas imagens, ambas que registrei posteriormente a seu falecimento: uma, enviada por uma amigo comum, que comprova a nobreza do sentimento que nos unia e outra, que me revelou coisas sobre ela com as quais nunca havia me preocupado.

QUANDO VI O CAMERAMAN…

Me veio todo o conceito do vídeo que, por sinal, tive que “arredondar” acrescentando legendas que complementam o que não consigo efetivamente dizer: vou falando tudo de cabeça, sem sequer ter escrito um roteiro… é uma tentativa desesperada de homenagear uma amiga que partiu e, acima de tudo, um tributo à vida, pois tento apresentar um caminho de auxílio a todos os que estão passando por dificuldades semelhantes, não apenas no “Setembro Amarelo”, mas a qualquer momento.

Por fim, por mais casamentos que eu já houvesse celebrado até então, esse foi um momento “divisor de águas” onde, após superá-lo com sucesso, tive a certeza de que estou mais do que habilitado para atuar como celebrante de qualquer matrimônio.
Só então decidi criar um Instagram e uma página profissional e aproveito para convidá-los a seguir e curtir minhas publicações… quem sabe não possa ser eu o celebrante de sua união?

Pode me ajudar compartilhando e curtindo?

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