Então… naquela segunda feira quente, dentre todos que estavam ali, ela me chamou.
Olhou meu corpo de cima a baixo e ordenou que tirasse o calçado. Obedeci.
Com sua voz firme, me instruiu para que deitasse na cama e aguardasse. Foi então que pude prestar atenção nas pessoas ao redor: seus gemidos e ocasionais gritos preenchiam o ambiente e me distraíram, impedindo de perceber que ela se aproximava por trás de mim.
Somente quando segurou firme em meu braço que me dei conta de que era a minha vez, mas não tive muito tempo para reagir: suas mãos treinadas levantaram com força meu antebraço, fazendo meu enrijecido esternocleidomastóideo pulsar de maneira inesperadamente dolorosa e me levando a gemer sem pudor diante daquelas pessoas.
A partir dali, perdi minha vergonha: durante aquela sessão de movimentos fortes e ritmados, me rendi a habilidade de suas mãos, não mais me importando pelas vezes em que — ao ter meu corpo explorado e levado a ultrapassar seus limites — gemi alto, gritei… e confesso, envergonhado, que cheguei a babar.
Nem sei quanto tempo fiquei ali, sendo objeto daquele intenso processo que me fez sentir tal qual um boneco, cujos sons, por vezes, atraíam a atenção das pessoas no ambiente.
Porém, subitamente, ela parou e, devolvendo-me a uma posição de repouso, disse:
— Esse seu braço ainda leva um tempo para ficar completamente bom, hein? Te vejo na quarta.
Se virou e foi atender o próximo paciente, me deixando sozinho e ainda meio tonto. Levantei, me recompondo e já preparando meu espírito para a próxima sessão